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Desrespeito aos Direitos Humanos

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
 
Uma existência digna é pautada em compromissos éticos e legais estabelecidos pela sociedade, a benefício de todos.
O esforço de cada cidadão ou cidadã na construção de valores que facultam a honra do ser humano constitui-lhe o patrimônio que deve ser cuidado para preservar-lhe o direito de propriedade.
Esse direito de propriedade é considerado em toda parte onde vige a democracia e os indivíduos respeitam-se reciprocamente.
Graças a esse comportamento a sociedade progride e os valores humanos são mantidos pela honorabilidade dos seus membros.
A psicografia de obras mediúnicas é um dos mais belos exemplos desse direito. Os Espíritos escritores cedem aos médiuns, que são os seus cooperadores da construção da obra, esse legado que, invariavelmente, é cedido a instituições dedicadas ao bem, conforme o princípio básico do Evangelho: “Dar de graça o que de graça se recebe”.
O verdadeiro médium, aquele que cumpre com os seus deveres, conforme a Codificação Espírita, deve esforçar-se para “ser hoje melhor do que ontem, lutando sempre contra as suas imperfeições”, conforme o definiu Allan Kardec.
Por isso que a pauta dos seus deveres morais é muito vasta e deve estar sempre iluminada pelas diretrizes do Evangelho de Jesus, sacrificando as mazelas, transformando-se em servidor do bem. Mesmo quando acusado e levado ao palco do ridículo, manter-se silencioso e fiel aos compromissos aceitos com prazer e dedicação.
A elaboração de um livro mediúnico é um trabalho que absorve tempo, dedicação, sacrifício e comportamento saudável, a fim de permitir a escrita por Espíritos nobres, culminando numa grave disciplina moral.
Ao publicar-se o livro, normalmente, no Brasil, o médium cede os direitos autorais em Cartório, a fim auxiliar a manutenção de alguma sociedade que trabalha em favor da promoção humana, da sua saúde, das criaturas necessitadas.
Assim, são duas as finalidades: o conteúdo moral do livro, sempre com um sentido de elevação espiritual, e auxílio na prática da caridade.
Não é crível que uma pessoa digna transcreva o livro publicado, no caso em tela como e-book, seja adaptado ao sistema PDF e colocado à disposição do público gratuitamente, a fim de que o leia sem qualquer recompensa aos proprietários e chame esse furto de caridade para quem os transcreva do WhatsApp, solicitando “uma ajuda” (contribuição) espontânea.
Assim tem ocorrido com diversos livros de nossa psicografia já há tempos, especialmente agora que publicamos NO RUMO DO MUNDO DE REGENERAÇÃO, um verdadeiro best-seller que, em menos de um mês, vendeu 40.000 exemplares e tem sido o livro de caráter religioso mais vendido pela Amazon.
Essa é uma conduta lesiva, reprochável.
 
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 21 de janeiro de 2021.

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