Zilda Gama (11 de março de 1878, Juiz de Fora-MG, 10 de janeiro de 1969, Rio de Janeiro-RJ) foi professora e médium no Brasil. A partir de 1901, entes queridos começam a deixar os laços da vida corpórea. Primeiro sua irmã mais velha, a poetisa e violinista Maria Antonieta Gama. Aos 24 anos, em 1903, seus pais desencarnaram, a deixando a encargo da criação de outros cinco irmãos mais jovens.
Por volta de 1912, Zilda Gama já era adepta da Doutrina Espírita, “embora não ostensivamente”, como ela própria declara no prefácio de Na Sombra e na Luz. No mesmo ano, por meio de psicografia, começou a comunicação com seu falecido pai e depois, com a irmã, Maria Antonieta e por fim com Allan Kardec.
“— Intensa foi a minha emoção, que me sensibilizou até às lágrimas, […]. Ele ponderou sobre a responsabilidade dessa missão espiritual; prometeu coadjuvar-me para que eu a executasse satisfatoriamente, terminando, com austeridade, a sua inolvidável mensagem datada de 27 de dezembro de 1912:
Sobre tua fronte está suspenso um raio luminoso, que te guiará através de todas as dificuldades, de todos os obstáculos, e será a tua glória ou tua condenação — conforme o desempenho que deres aos teus encargos psíquicos.
— Allan Kardec.”
Foram quinze anos de contribuição, reunidos no livro Diário dos invisíveis (PENSAMENTO, 1929). A partir do ano de 1916 começou a jornada dos romances espirituais, passando a psicografar os livros ditados pelo Espírito Victor Hugo, sendo resultado desta parceria as obras Na Sombra e na Luz, Do Calvário ao Infinito, Redenção, Dor Suprema e Almas Crucificadas.
Em sua carreira na área de educação, exerceu o magistério e a direção de Grupos de Escolares no interior até a transferência para Belo Horizonte. Em 1931, no 1° Congresso Feminino presidido pela doutora Elvira Komel, Zilda apresentou uma tese sobre o direito ao voto feminino.
Leia mais sobre sua história: Biografia de Zilda Gama.
Assista ao programa A Força do Espiritismo transmitido em parceria com a FEBtv sobre a vida e obra de Zilda Gama.