Anthony é um homem idoso independente, inteligente e atento ao tempo. Reside no mesmo apartamento há mais de 30 anos. Com a ironia na ponta da língua, e se auto preserva contra a vontade de sua cuidadora Ângela, aquela que “ousou roubar-lhe seu relógio de pulso favorito”. Quando Anne, sua filha, entra em cena é possível perceber que nada disso aconteceu na ordem que aconteceu. Anthony na verdade está na condição mais comum das demências, o Alzheimer, com a memória fragmentada e confusa.
Meu Pai é um longa-metragem no estilo drama que não conta uma história, mas sim, apresenta em cenas os fragmentos da memória de um pai (Anthony Hopkins) e o dilema de sua filha Anne (Olivia Colman) sobre como promover qualidade de vida a ele e acompanhar essa fase confusa e difícil de sua senilidade.
Na tela o diretor, Florian Zeller, optou por proporcionar ao espectador a experiência de ter a mente nublada pela progressão da demência. Nos aponta dilemas sobre a relação familiar, desafios da terceira idade, dor e superação. Prepare uma pipoca, junte a família e aproveite a nossa dica do mês do Além da Tela!
