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Em preces pelos pequeninos

Vivemos hoje uma transição no Planeta, passando de mundo de provas e expiações para o mundo de regeneração. Ainda aprendizes, vemos ao nosso redor abalos, flagelos, dores e pesares.

Observamos e sentimos, lamentavelmente, casos recentes como os ocorridos em São Paulo, vitimando uma professora e em Blumenau (SC), onde quatro crianças foram vítimas de um crime desolador. Vivenciamos alterações na Terra em uma forma de convite à mudança de comportamento para melhor, a fim de aqui se instalem os paradigmas da justiça, da ordem e do amor.

Nos solidarizamos com os familiares, rogando ao Alto que os ampare, e também a esta irmã e a estes pequeninos seres que retornam ao mundo espiritual de forma trágica. Nestes tempos desafiadores, estamos juntos em prece, vibrando pelos nossos irmãos e suplicando bênçãos ao Brasil e a todos na Terra.

Pequeninos[1]

“Em verdade vos digo que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança nele não entrará.” 
— Jesus (MARCOS, 10:15).
“A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como humildade.” 
— Allan Kardec [2].

No mundo, resguardamos zelosamente livros e pergaminhos, empilhando compêndios e documentações, em largas bibliotecas, que são cofres fortes do pensamento. 

Preservamos tesouros artísticos de outras eras, em museus que se fazem riquezas de avaliação inapreciável. 

Perfeitamente compreensível que assim seja.

A educação não prescinde da consulta ao passado.

Acautelamos a existência de rebanhos e plantações contra flagelos, despendendo milhões para sustar ou diminuir a força destrutiva das inundações e das secas.

Mobilizamos verbas astronômicas no erguimento de recursos patrimoniais devidos ao conforto da coletividade, tanto no sustento e defesa das instituições, quanto no equilíbrio e aprimoramento das relações humanas.

Claramente normal que isso aconteça.

Indispensável prover às exigências do presente com todos os elementos necessários à respeitabilidade da vida.

Urge, entretanto, assegurar o porvir, a esboçar-se impreciso, no mundo ingênuo da infância.

Abandonar pequeninos ao léu, na civilização magnificente da atualidade, é o mesmo que levantar soberbo palácio, farto de viandas, abarrotado de excessos e faiscante de luzes, relegando o futuro dono ao relaxamento e ao desespero, fora das portas. 

A criança de agora erigir-se-nos-á fatalmente em biografia e retrato depois. Além de tudo, é preciso observar que, segundo os princípios da reencarnação, os mesmos de hoje desempenharão, amanhã, junto de nós, a função de pais e conselheiros, orientadores e chefes. 

Não nos cansemos, pois, de repetir que todos os bens e todos os males que depositarmos no espírito da criança ser-nos-ão devolvidos. 


NB[1]: XAVIER, F. C. Livro da esperança. Pelo Espírito Emmanuel. Brasília: FEB; Uberaba: CEC, 2023.

NB [2]: KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 131. ed. 13. imp. Brasília: FEB, 2019.


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