A união entre os espíritas é um tema sempre presente no Movimento. Passou por diferentes autores e seus artigos publicados nas páginas do Reformador ao longo de seus 140 anos. Em uma época em que a ortografia era completamente diferente do século 21 — por exemplo, Espiritismo era escrito Spiritismo —, lembremos um trecho do texto “União dos spiritas” que abre a edição n° 321, ano 14, julho de 1896.
“O Evangelho, pois, é a ciência da vida eterna, e seu conhecimento e sua prática são a obra que o Mestre confiou à humanidade. Na compreensão e na prática do Evangelho estão a vida e a felicidade dos espíritos.
Os espíritas são os trabalhadores de última hora; mas para que a obra seja conhecida, para quando vier o Mestre, é preciso que os trabalhadores concorram harmonicamente com seu esforço.
A união tão recomendada não é, pois, um simples dizer; é condição essencial para ser levada a seu termo a obra divina que coube aos espíritas a missão de realizar. União dos trabalhadores é lei divina para que seja feita na terra a vontade do Pai, que é o bem de todos os filhos.”
De acordo com o Setor de Pesquisas da FEB, a autoria provável é de Bezerra de Menezes neste artigo. “O tema foi uma das suas bandeiras preferidas, e a redação traz a sua digital de escritor. O presidente da Federação Espírita Brasileira, à época, exercia a direção do Reformador, a quem cabia o texto introdutório, depois chamado de Editorial”, finaliza.
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Indispensável recurso de pesquisa doutrinária e histórica, o periódico Reformador foi criado em 1883 pelo jornalista Augusto Elias, fundador da FEB. Em 140 anos, já foram publicados artigos, entrevistas, biografias, colunas escritas por centenas de colaboradores sobre diversos aspectos da Doutrina dos Espíritos.
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