Home > Colunista > Mãe santíssima

Mãe santíssima

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita

Afirma-se que na noite de 31 de maio de cada ano a Mãe Santíssima da humanidade com o cortejo de seres bem aventurados visita as Regiões inferiores da Terra, tradicionalmente chamadas Inferno, Purgatório, Umbral e fazendo descer o seu escapulário luminoso até aos infelizes que ali se encontram em profundo padecimento espiritual, retira-o com aqueles que o seguram desesperados…

Trata-se da soberana misericórdia da Senhora dos anjos atendendo os apelos de quantos viveram as paixões perversas e desencarnaram com expressivas culpas, estando reparando pela dor os sofrimentos que causaram ao seu próximo e a si mesmos, não havendo cumprido as Leis de amor que vigem em todo o Universo.

Chico Xavier, o venerando apóstolo da caridade e do bem, narrava que a Rainha Santa de Portugal, realiza o mesmo mister, em determinado dia da semana, homenageando com essa grandiosa bênção a Rosa Mística de Nazaré.

Equivale dizer que o amor jamais abandona mesmo aqueles que o desprezam, o espezinham ou o envilecem.

Esses Espíritos imensamente endividados perante o Divino Tribunal, são aquinhoados com nova oportunidade de reparar os seus débitos morais e espirituais, arrependidos profundamente dos delitos praticados nos quais se enlearam.

A Logo após, alguns permanecem no Mais Além em comunidades reparadoras nas quais se preparam para futuros renascimentos no planeta, sob os efeitos dos atos perpetrados. Outros, são de imediato, conduzidos à reencarnação e recomeçam no corpo físico mutilados, em situações deploráveis a que fazem jus, quando não vitimados por patologias mentais amargas ou em obsessões afligentes.

Ninguém consegue evitar o cumprimento das Soberanas Leis da Vida, mesmo que se utilize de toda habilidade possível para corromper, enganar, desrespeitar e fugir sine die das consequências do seu comportamento.

Por um bom período brilham na sociedade, desprezam a dignidade, pervertem e pervertem-se, inscrevendo o futuro destino que deverão viver.

Não foi por outra razão que Jesus estabeleceu o amor ao próximo como sendo o mandamento essencial para a felicidade.

A existência na Terra não é única e não tem a finalidade de transformar-se numa viagem ao país da fantasia, mas de uma experiência de caráter evolutivo para todos os seres na busca da perfeição relativa que lhes está destinada.

Desta forma é necessário que o ser humano, creia ou não, procure praticar o bem de todas as formas ao seu alcance, fazendo da sua jornada carnal um aprendizado constante e enriquecedor.

As religiões funcionam como métodos pedagógicos para a aprendizagem, mas, o importante é a conduta em qualquer uma ou em nenhuma…

Medita, pois, no que tens feito dos teus dias e busca o amor.

 

Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 31 de maio de 2023.

 


Opções de privacidade