“Desde todos os tempos, os homens hão querido conhecer o futuro […] Se soubéssemos de antemão o fim de cada coisa, é fora de dúvida que a harmonia geral ficaria perturbada.”
— Allan Kardec [1].
Na primeira parte do livro Obras póstumas, Kardec comenta sobre o fenômeno das previsões e a vontade que a humanidade nutre em saber do futuro antes de entender-se presente: “Quantos erros, quantos passos em falso, quantas tentativas inúteis não evitaríamos, se tivéssemos sempre um guia seguro a nos esclarecer; quantos homens se acham deslocados na vida, por não se haverem lançado no caminho que a Natureza lhes traçara às faculdades! […] O conhecimento absoluto do futuro seria, portanto, um presente funesto, que nos conduziria ao dogma da fatalidade, o mais perigoso de todos, o mais antipático ao desenvolvimento das ideias. […] As mesmas consequências produziria a certeza da infelicidade, em virtude do desânimo que ganharia a criatura. Ninguém se disporia a lutar contra a sentença definitiva do destino.
Semanalmente uma curiosidade doutrinária para o nosso aprendizado.
Nos acompanhe!
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NB [1]: KARDEC, Allan. Obras póstumas. Brasília: FEB, 2019.