“Uma mágoa não é motivo para outra mágoa. Uma lágrima não é motivo para outra lágrima. Uma dor não é motivo para outra dor. Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche. O resto, mais que perda de tempo… é perda de vida”. Linda frase que nos traz Chico Xavier, de coração e mente limpa e leve. Um exemplo a todos nós de uma caminhada de paz e perdão. Sobre nossos aprendizados necessários na alimentação do amor que abordaremos a mágoa, o perdão dentro de nós.
Rancor, medo, inveja… mágoa. Como seres imperfeitos somos ainda imersos em nossas paixões. Contamos para este tema — que toca a todos como aprendizes que somos —, a nossa entrevistada Denise Lino, professora e palestrante da Paraíba.
Denise: “De fato, se considerarmos que a Terra ainda não é um mundo de regeneração, nós podemos olhar para isso e dizer ‘faz parte, é deste momento, é da nossa dimensão humana’. Todavia, nós como espíritas temos que ter um olhar mais aprofundado: é da nossa dimensão humana, sim, esses sentimentos, mas no panorama geral isso isso até é um sintoma de saúde mental comprometida, considerando que nós não somos espíritos que já sublimaram, ou seja, que acolheram esses sentimentos com a sua face negativa e o transformaram. Mas pondero que, ao mesmo tempo, é humano ter esses sentimentos, também é muito humano reconhecer tê-los. Quando os colocamos para baixo do tapete ou reconhecemos que eles estão ali — o rancor e a inveja nos bate à porta —, e nós simplesmente ignoramos, estamos de fato num processo de completa ignorância sobre a nossa dor. Como espíritas somos convocados ao processo de autodescobrimento e de forma muito própria, o codificador, Allan Kardec, denominou esse processo de transformação moral.”
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