“Deus não é um castigador ou recompensador, mas o legislador que, ao fazer a lei, deixa que esta comande a ordem universal. Não se fala em termos de pecado ou de privilégios, mas de consequências.”
— Leonardo Machado[1]
Quais as reais atribuições de Deus? Lembremos, então, da informação reunida na obra O livro dos espíritos[2] do pentateuco kardequiano: “— Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom;”. Este resumo, presente na Introdução, é expandido mais adiante, em Nota reflexiva de Kardec após a questão 13. Vejamos:
“Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior. É assim que, pouco a pouco, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.
É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, Ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.
É único. Se muitos deuses houvesse, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.
É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas. As que não houvesse feito seriam obra de outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da Justiça nem da Bondade de Deus.”
Semanalmente uma curiosidade doutrinária para o nosso aprendizado.
Nos acompanhe!
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NB [1]: MACHADO, L. Transtornos psiquiátricos: um olhar médico-espírita. 1. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2019. cap. 2, p. 27, Lei de causa e efeito.
NB [2]: KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 93. ed. Brasília: FEB, 2019. Disponível para download gratuito no portal da FEB.