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Livros libertadores

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita

Na história da humanidade o livro tem sido o grande norteador do destino, da cultura e do seu desenvolvimento, tanto no que diz respeito à sua grandeza, quanto à vilania dos seus povos.

Periodicamente surgiram obras, desde os pergaminhos aos mais grotescos instrumentos que puderam ser grafados, narrando acontecimentos transatos ou propondo ideias novas e revolucionárias, hinos de paz ou gritos de guerra, marcos de glórias e registros de infortúnios através dos quais se pode ter conhecimento do processo da evolução e assinalar as perspectivas em relação ao futuro.

As escritas rupestres, as pedras, as árvores, o barro e tudo quanto era possível registrar facultou a historiografia da sociedade…

Hoje dispomos de valiosos documentos que nos inspiram ao desenvolvimento intelecto-moral, facultando lições preciosas a respeito de todos imagináveis tópicos e temas que constituem uma civilização.

A Bíblia, o Zendavestá, O Corão, A Divina Comédia, Os Lusíadas, para citarmos alguns poucos, constituem tesouros inimagináveis que têm atravessado os tempos como gemas de valor incontestável, ao lado dos tratados de filosofia, de arte, de engenho…

Mais recentemente, a menos de dois séculos, “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho segundo o Espiritismo” e toda a codificação kardequiana assinalaram o século XIX tão profundamente que cada vez mais se tornam valiosos guias para a felicidade das criaturas humanas.

“O Livro dos Espíritos”, publicado por Allan Kardec, na manhã de 18 de abril de 1857, vem libertando as consciências das castrações inomináveis da fé cega, oferecendo uma filosofia espiritualista, baseada nas investigações das modernas ciências, que comprovam a imortalidade da alma e o progresso do Espírito através de sucessivas reencarnações.

Tornou-se um roteiro cultural e filosófico para conhecer-se a origem, o destino, a dor e a razão da existência, oferecendo a ética do bem e do amor para a conquista da plenitude humana.

No dia 15 de abril de 1864, ampliando-lhe o sentido moral, foi publicado “O Evangelho segundo o Espiritismo”, do mesmo autor Allan Kardec, trazendo de volta os ensinos de Jesus Cristo, conforme Ele e os Seus discípulos ensinaram e viveram, completando com outras obras a Codificação que se tornou um passo avançado para que a vida alcance a finalidade para a qual foi criada por Deus.

A partir de então, o pensamento histórico passou a dispor das ferramentas intelectuais da filosofia, da ciência e da ética moral para demonstrar a realidade de Deus, o determinismo e a plenitude para ser conquistado o Reino de Céus referido por Jesus.

Não mais fatalidade para a destruição, e sim, triunfo incessante da vida e sua meta a paz.

Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 21 de abril de 2022.

 


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