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Homenagem a Allan Kardec

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita

 

“No seio de antiga família lionesa, nasceu no dia 3 de outubro de 1804 Hippolyte Léon Denizard Rivail, em Lyon, França…”

Seus pais foram Jean-Baptiste Antoine Rivail, magistrado íntegro, e Jeanne Louise Duhamel.

A partir de 18 de abril de 1857, ao publicar O Livro dos Espíritos, passou a utilizar o pseudônimo Allan Kardec, em homenagem ao que teria experienciado no século I a. C. como sacerdote druida.

Portador de admirável inteligência, fez os seus estudos preliminares na cidade onde nasceu, sendo conduzido posteriormente à cidade suíça de Yverdon, a fim de estudar com o eminente mestre Heinrich Pestalozzi.

Aos catorze anos revelou a magnitude da inteligência, abrindo cursos para os seus condiscípulos menos adiantados.

Ao terminar o seu curso em Yverdon, transferiu-se a Paris, criando o Instituto Técnico que obedecia aos moldes do de Yverdon.

Casou-se com a poetisa Amélie Boudet, que se lhe tornou notável cooperadora.

Traduziu para o alemão diversas obras, entre as quais as de Fénelon, o nobre autor de Máximas dos Santos, havendo sido elogiado por esse monumental trabalho. Em 1828 publicou o Plan proposé pour l’amélioration de l’éducation publique, buscando cooperar com o Parlamento em favor da melhora da educação das crianças, propondo a criação de uma escola teórica e prática de Pedagogia.

Publicou diversas obras mais, um dicionário, um programa para a Sorbone e outras…

“Em Paris de 1853, principalmente, a recreação mais palpitante e mais original eram as mesas girantes…”, e o Prof. Rivail foi convidado a assisti-las, negando-se a fazê-lo, em razão de afirmar que “uma mesa destituída de nervos e cérebro não podia pensar”.

A partir de maio de 1855, as comunicações que chegaram ao conhecimento do mestre foram tantas que ele resolveu assistir a uma dessas reuniões com o amigo Sr. Fortier, ficando vivamente interessado e passando a estudá-las.

Foram tão profundos os exames e as experiências que passou a realizar, que se tornou conhecido de médiuns e de pesquisadores dedicados, tornando-se o codificador dos mesmos e apresentando o resultado das suas buscas na ciência e filosofia de alta moral que denominou como Espiritismo.

Definiu o Espiritismo como “a ciência que estuda a origem, a natureza, o destino dos Espíritos e as relações existentes com o mundo corporal”.

Toda a sua doutrina encontra-se em O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese.

Criou e manteve até a sua morte, em 31 de março de 1869, a Revue Spirite, e trouxe à Humanidade o Consolador prometido.

O Espiritismo trouxe de volta a mensagem de Jesus Cristo renovada e bela.

Glória a Allan Kardec!

Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 6 de outubro de 2022.

 


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