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Dia de Finados

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita

No calendário terrestre, desde há muito reservou-se um dia para homenagear os mortos. De alto significado, no Brasil existe um feriado muito honorável, a fim de dar oportunidade aos vivos, que lhes experimentam ou não as saudades, de exprimirem afeto e gratidão, assim como as ausências do corpo somático.

Na visão materialista, esses mortos foram consumidos pela decomposição orgânica, permanecendo apenas alguns elementos constituidores do corpo: cabelos, unhas, dentes e excepcionalmente outros que resistiram à consumpção carnal.

Para os espiritualistas, no entanto, além da memória e do afeto que permanecem, ficaram as certezas de que eles vivem em outra dimensão de energia, perpetuados pelo fenômeno da Vida.

Ninguém morre, esta é a realidade.

A tese materialista tem sido ultrapassada em razão das infinitas manifestações dos chamados mortos desde épocas mui remotas.

Em todas as páginas da História os fenômenos mediúnicos têm ocorrido através de pessoas especiais, que receberam nomes específicos, oferecendo a presença, em alguns casos, dos denominados invisíveis em constantes tentativas de comunicação com os encarnados.

Fenômenos de alta magnitude ante guerras lamentáveis e disputas cruéis de governantes desalmados diminuíram os sofrimentos das nações e dos povos ou aumentaram os horrores em vivência; isto, porque nem todos aqueles que se comunicavam eram possuidores de requisitos morais relevantes.

De acordo com a ética e moral vigentes, eram atraídos aqueles Espíritos de igual nível, que demonstravam, por cima de tudo, a sobrevivência à disjunção molecular.

Se bárbaro o povo, os seus desencarnados, invariavelmente, eram impiedosos e violentos, de forma compatível com a evolução espiritual que os caracterizava.

Revelações profundas orientaram civilizações hoje mortas sob as águas oceânicas e os areais dos desertos…

Com a revolução do Espiritismo e as investigações científicas e filosóficas no século XIX, até o momento combatidas, mas não superadas, a morte foi substituída pela desencarnação ou abandono da vestimenta carnal, mantendo-se a vida e a comunicação com os que permanecemos no mundo físico.

Na atualidade, estudos profundos da Física Quântica e da Astrofísica, das doutrinas cerebrocêntricas, psicológicas, acompanhando os fenômenos mediúnicos constatam as alterações do cérebro, nas áreas metafísicas, como meditação, prece, sentimentos superiores e inferiores, confirmando a manifestação mediúnica.

Continua amando os mortos queridos que nos acompanham, convivem conosco e inspiram-nos ao prosseguimento da jornada através das lições incomparáveis de Jesus.

Desse modo, façamos da nossa existência um Evangelho de feitos, a fim de sermos felicidade.

Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 3 de novembro de 2022.


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