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Lei do Progresso

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita

Dentre as Leis morais que regem a Vida destaca-se, como de relevância, a Lei do progresso.

Tudo evolui desde o estado de natureza, que é o primitivo, passando por inúmeras etapas que constituem a marcha do processo fatalista para a perfeição.

O átomo primitivo de hoje será o anjo de amanhã, assim como o anjo atual já foi átomo antes, responderam a Allan Kardec os Espíritos Guias da Humanidade, quando interrogados a respeito da questão.

Nada está fadado à estagnação ou involução, permanecendo o impositivo de desenvolver a chispa divina que existe em tudo.

No que diz respeito ao ser humano, essa evolução ocorre mediante a reencarnação através da qual sempre se adquirem, aprimoram tendências e faculdades inatas.

Observando-se a atualidade e comparando-a com outro qualquer período histórico, é muito fácil detectar-se as transformações por que passaram a sociedade terrestre assim como o próprio planeta, sob diversos aspectos.

Nada obstante, constata-se que o progresso intelectual tem sido mais relevante e objetivo do que o de natureza moral.

As inesgotáveis conquistas da ciência e da tecnologia transformaram tudo na face do Orbe, enquanto as de natureza moral, se bem que lograram um grande avanço, não se libertaram de inumeráveis transtornos e estados de primarismo.

Notam-se em todo lugar as glórias da inteligência e as das misérias do sentimento, da opulência e da escassez, da grandeza do holocausto por amor e dos ódios sistematizados por indivíduos cruéis e seus regimes abomináveis.

Ao lado de filosofias abençoadas a respeito da existência, dos valores, significados, demais quesitos humanos e animais, comportamentos e avanços significativos nas legislações em favor da dignidade e do bem, vive-se um momento de degradação moral do mais variado porte, enquanto leis vergonhosas tentam continuar dominando a situação de atraso da humanidade e do indivíduo.

O ser humano é um animal religioso, e a crença espiritual constitui-lhe um abrigo, uma inspiração, um estímulo para suportar e vencer as vicissitudes que têm sofrido combate absurdo do materialismo, das doutrinas cínicas e equivalentes, promovendo a degradação dos sentimentos nos mais miseráveis níveis das paixões primevas.

Nada obstante, o fatalismo do progresso ressurge em sua natureza ética e moral em mulheres e homens admiráveis que se convertem em apóstolos do amor, da caridade e da honradez.

Nesse paradoxo que são a incomparável tecnologia com a sua inteligência artificial e o poema vivo da fé religiosa, surge o esforço para corrigir os desvios de qualquer natureza, para restaurar os elevados critérios espirituais da vida e a vivência da paz e dos seus fundamentos que produzem a harmonia dos seres e do planeta.

Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 17 de novembro de 2022.

 


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