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Yvonne do Amaral Pereira

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista espírita

A médium Yvonne do Amaral Pereira nasceu no dia 24 de dezembro de 1900 em Valença, Rio de Janeiro, numa família de classe média, programada para ser uma trabalhadora infatigável do Evangelho de Jesus.

Muito pequena, esteve quase sepultada viva, quando foi vítima de uma catalepsia, que mais tarde se repetiu na imensa gama dos fenômenos mediúnicos e parapsicológicos de que foi instrumento. Viveu muitos desafios desde a infância, quando passou a residir, a partir dos 10 anos, com a avó.

Não pôde estudar quanto gostaria, apesar de tudo tornou-se uma eficiente costureira para ajudar a família e manter-se, fazendo-se autodidata, lendo com avidez toda obra que lhe chegava às mãos.

Enriqueceu-se da beleza da literatura e leu aos 14 anos o livro de Goethe chamado Werther, e outros. Escrevia muito bem e com rapidez, o que constatou, posteriormente, tratar-se de psicografia.

Essa faculdade mediúnica apresentara-se desde os 4 anos de idade, quando mantinha contato com os Espíritos amigos que a ajudaram, orientando-a nas próprias leituras como na conduta moral, conforme as luzes sublimes do Evangelho de Jesus.

Teve ocasião de ler obras espíritas a partir dos 8 anos, o que lhe consolidou a crença na imortalidade da alma e na Codificação Kardequiana.

Seus pais desencarnaram cedo e ela passou a viver com uma irmã casada que lhe foi um dedicado anjo de bondade, bem como a sua família

Dona Amália era também espiritista assim como seu esposo e sempre abriram o lar aos visitantes que desejavam conhecer ou dialogar com a venerável médium.

Escreveu uma das maiores obras da mediunidade, que é Memórias de um suicida, considerado best-seller, com um conteúdo especial, desvelando de forma verdadeira a vida espiritual daqueles que no Além dão-se conta do grave erro cometido, o suicídio, no desejo alucinado de libertar-se de males ou desconfortos da existência física.

O livro ditado por um suicida português relata o seu próprio ato infeliz e convida todos a manterem muito cuidado com essa tragédia do cotidiano da sociedade atormentada.

Yvonne participava de reuniões públicas doutrinárias como excelente expositora, assim como mediúnicas, funcionando como perfeito instrumento psicofônico, psicográfico, de passes e de esclarecimento espiritual.

A sua existência foi toda um hino de amor à Verdade e de abnegação com os sacrifícios que demonstram haver logrado aquele estado assinalado pelo Espírito Joana d’Arc, o mediumnato!

A sua existência física foi de fidelidade aos postulados espíritas, sendo de lutas e vitórias.

Desencarnou no dia 9 de março de 1984, no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.

A sua existência foi modelar, digna de ser imitada.

 

Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 29 de dezembro de 2022.

 


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