Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. Ao estudá-los, devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas.
— Santo Agostinho. (Paris, 1862.) [1]
KARDEC: “A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade. Poderia parecer menos justa essa comparação, considerando-se que o Espírito da criança pode ser muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as imperfeições de que se não tenha despojado em suas precedentes existências. Só um Espírito que houvesse chegado à perfeição nos poderia oferecer o tipo da verdadeira pureza. É exata a comparação, porém, do ponto de vista da vida presente, porquanto a criancinha, não havendo podido ainda manifestar nenhuma tendência perversa, nos apresenta a imagem da inocência e da candura. Daí o não dizer Jesus, de modo absoluto, que o Reino dos Céus é para elas, mas para os que se lhes assemelhem”. Ponderações selecionadas no item 3 do capítulo 8, Simplicidade e pureza do coração, na obra O evangelho segundo o espiritismo.
Semanalmente uma curiosidade doutrinária para o nosso aprendizado.
Nos acompanhe!
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NB [1]:
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Brasília: FEB, 2019.