“A passagem da vida terrestre à espiritual oferece, é certo, um período de confusão, de perturbação para a maioria dos que desencarnam. Alguns há, no entanto, que, desprendidos dos bens terrenos ainda em vida, realizam essa transição tão facilmente quanto uma pomba que se eleva no ar.”
— Viennois (Paris, 1863).
Por meio da Médium Sr. d’Ambel, em uma reunião na Sociedade Espírita de Paris, em 27 de março de 1863, Kardec pergunta aos espíritos:
Na evocação do Sr. Viennois, feita na última sessão, encontra-se esta frase: “Vossa prece comoveu muitos Espíritos levianos e incrédulos.” Como podem os Espíritos ser incrédulos? O meio em que se acham não é, para eles, a negação da incredulidade?
Respondida pelo Espírito do Sr. Viennois e publicada na edição de maio de 1863 da Revista Espírita, vemos “É fácil perceberdes essa diferença examinando os hábitos dos viajantes que embarcam para atravessar os oceanos. Para alguns a viagem é um prazer; para a maioria um sofrimento, uma aflição que durará até o desembarque. Pois bem! Ocorre o mesmo com quem viaja da Terra ao mundo dos Espíritos. Alguns se desprendem rapidamente, sem sofrimento e sem perturbação, ao passo que outros são submetidos ao mal da travessia etérea”.
Semanalmente uma curiosidade doutrinária para o nosso aprendizado.
Nos acompanhe!
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NB [1]: KARDEC, Allan. Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos. ano 6, mai. 1863. Questões e problemas: espíritos incrédulos e materialistas. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 5. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2014.
