Os Pacificadores | Albert Schweitzer

“Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos outros.”

Doutor em filosofia, teologia e música, Albert Schweitzer chegou a ser um dos melhores intérpretes de Bach. Com um cargo público, sendo já um músico reconhecido e às vésperas da eclosão da I Guerra Mundial, abandonar a Europa parecia loucura aos olhos de quem o conhecia. Mas para Schweitzer era a concretização do amor pelos irmãos africanos, cidadãos de um continente – conforme descrevia nos vários livros de sua autoria – de onde nasceu toda a humanidade e que poderia acabar caso as condições sanitárias não fossem melhoradas.

Para concretizar os anseios de auxiliá-los, inicia os estudos em Medicina. Seis anos depois, casado com Helèné, parte em um domingo de Páscoa a bordo do vapor Europa, com destino à África Equatorial Francesa (hoje Gabão). Aos 38 anos Schweitzer iniciaria uma longa caminhada para cuidar dos leprosos e diversos outros doentes de áreas mais pobres do continente africano.

Nas margens do rio Ogoué em Gabão, construiu um hospital para doenças tropicais e uma clínica para leprosos, mantido com dinheiro próprio por meio de conferências, concertos de órgão e de dividendos obtidos com seus livros. Quase 40 anos depois receberia o Prêmio Nobel da Paz pela tarefa assistencial desenvolvida, tonando-se reconhecidamente um dos precursores do trabalho humanitário. Nascido na Alsácia Superior em janeiro de 1875, desencarnou em 4 de setembro de 1965, no próprio Gabão.

Em momentos que nos pedem reflexão, oração e sentimento de paz, lembramos com carinho a exposição Os Pacificadores, que retratou os caminhos de vitórias e lutas de alguns dos grandes apóstolos da paz Universal, produzida pela FEB e reproduzida em diversos estados.